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CIDADE Assédio

Em ônibus, duas jovens sofrem assédio sexual por um homem que entregava panfleto religioso

O homem se aproximou, entregou o panfleto religioso e cometeu o ato.

04/05/2022 13h58
Por: Andrews Kalil
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira (2), foram divulgados vídeos de duas jovens que foram vítimas de importunação sexual dentro do ônibus da linha 214, no trajeto Conjunto Hileia/Centro, porém os vídeos foram gravados no dia 22 de abril. As vítimas só tiveram coragem de divulgá-los recentemente. 

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Uma das vítimas relatou para um jornal local, que o homem se aproximou e entregou um panfleto religioso, dizendo que Jesus voltaria.

“Ele entregou o panfleto, aceitamos e continuamos conversando normalmente. Foi quando abaixei a cabeça para ler o panfleto, então senti ela [a amiga] me cutucando para olhar para o lado, e quando olhei me deparei com essa cena ridícula e absurda. Pensei rapidamente em gravar, porque se ver uma viatura, não vai ser apenas palavras, mas terei provas”, disse a vítima.

A moça fala que em seguida, começou a gritar para que o criminoso saísse do veículo, foi nesse momento em que o motorista e os passageiros perceberam a gravidade da situação.

“Gritei porque queria só que ele parasse e saísse daquele lugar. Então pedi para o motorista abrir [a porta], e ele abriu no mesmo momento. Eu fiquei perto da porta gritando com ele, pedindo para ele sair várias vezes. Ele pediu ‘desculpas’, só que não aceitei, então ele desceu meio correndo nem olhando pra trás [...] Ninguém nos ajudou. Os dois que estavam na frente perguntaram porque eu estava gritando daquele jeito com o cara, e eu falei. Só me ‘parabenizaram’ pela atitude, mas ninguém fez nada, até minha amiga ficou em choque”, continua.

Ela fala que foi encorajada por uma amiga a denunciar o crime, que não tinha sido nem registrado um boletim de ocorrência por não acreditar na justiça.

“Estava falando sobre o assunto com uma amiga e então fiquei encorajada a falar, alertar outras mulheres, porque creio que não fui a primeira e única que passou por isso. Eu estou cansada de ver esse tipo de situação e ninguém fazer nada, estou cansada desses doentes não serem punidos. Não quero que isso aconteça mais com nenhuma mulher, não quero que passem por situações constrangedoras assim. Estou cansada de falar e não ser ouvida”, completou a jovem.

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