ciOa presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (19) que aprovaria a negociação proposta por Oracle e Walmart com a empresa chinesa ByteDance para criar uma operação interna do aplicativo TikTok, depois de ameaçar um banimento da rede social do território americano.
Trump disse aos repórteres na Casa Branca que daria sua "benção" ao negócio, que atenderia às suas preocupações com a segurança nacional. O TikTok tem mais de 100 milhões de usuários no país, e autoridades americanas haviam expressado preocupação com a captação e uso de dados pela China.
"A segurança será 100%. Conceitualmente, é um bom negócio para os Estados Unidos", afirmou Trump. "Dei minha benção ao acordo."
A nova companhia seria chamada de TikTok Global e ficaria baseada nos Estados Unidos, no estado do Texas. Segundo a Reuters, os sócios americanos teriam 53% da nova empresa, enquanto chineses ficariam com uma fatia de 36%.
Segundo Trump, a nova empresa seria totalmente controlada por Oracle e Walmart e geraria até 25 mil empregos no país. O Walmart, inclusive, deve colocar seu CEO, Doug McMillon, na diretoria do TikTok Global.
Além de tocar a operação da rede social no país, a empresa deve ter a maioria dos executivos americanos, incluindo o CEO, além de um diretor especialista em segurança. A Oracle ficaria responsável pela gestão de dados da empresa e teria acesso aos códigos da ByteDance.
O TikTok afirma estar "agradecido de que a proposta da Oracle e Walmart vá resolver os receios de segurança do governo dos Estados Unidos" e resolver questões sobre o futuro da rede social no país.
As primeiras sanções de Washington contra o TikTok, acusado de ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos, devem entrar em vigor neste domingo.
Os usuários do TikTok poderão usar essa plataforma até 12 de novembro, um período que potencialmente permitiria à TikTok, de propriedade da ByteDance da China, e a uma empresa americana proteger os dados do aplicativo para apaziguar as preocupações de Washington.
O governo Trump afirma que as medidas são essenciais para neutralizar o potencial de espionagem da China por meio das plataformas.
Pequim reagiu neste sábado chamando a decisão dos EUA de "intimidação", pouco antes de estabelecer um mecanismo que permitiria sancionar empresas estrangeiras.
* (com informações da agência Reuters)
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