A presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conselheira Yara Lins denunciou, durante uma coletiva de imprensa, que foi avo de ofensas e ameaças por parte do conselheiro Ari Moutinho, com palavras como “safada, puta e vadia”, além de ameaçar prejudicá-la junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo ela, o episódio teria ocorrido minutos antes da sessão plenária na terça-feira (3), na qual ela foi eleita presidente do TCE-AM. Ela alega que foi covardemente agredida com a intenção de desestabilizá-la a ponto de suspender a sessão.

Yara Lins declarou sua intenção de buscar justiça e apresentar uma queixa-crime contra Ari Moutinho. De acordo com a conselheira, depois de sofrer as agressões verbais, ela ficou paralisada. “E passei a mão no rosto dele e disse: “você é um infeliz, por isso sofre tanto””, afirmou.

Como única mulher conselheira, Yara Lins disse que relutou em fazer a denúncia. “Mas eu não poderia me acovardar”, disse.

A advogada do caso, Catarina Estrela, suspeita que um grupo interessado no adiamento da sessão esteja por trás das agressões, visando a intimidação. O conselheiro enfrentará acusações de injúria, ameaça e tráfico de influência por mencionar um suposto envolvimento do STJ contra Yara.

As investigações abrangerão as esferas cível, criminal e administrativa, com possíveis consequências que vão desde penas de prisão até o afastamento do cargo.