A polícia francesa prendeu, nesta quarta-feira (1º), 45 pessoas em Paris depois que manifestantes entraram em confronto com agentes durante os tradicionais protestos do Dia do Trabalho no país europeu. De acordo com as autoridades, 12 policiais ficaram feridos.
As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar os manifestantes – a central sindical CGT (Confederação Geral do Trabalho, na sigla em francês) afirmou que 50 mil pessoas foram às ruas em Paris e 200 mil em toda a França nesta quarta. Já o governo disse que havia 18 mil manifestantes na capital e 121 mil ao redor do país.
A principal pauta dos manifestantes foi contra o aumento do custo de vida na França, os ataques de Israel à Faixa de Gaza, e a reforma do seguro-desemprego. O plano para endurecer a concessão de benefícios para pessoas desempregadas foi anunciado pelo primeiro-ministro, Gabriel Attal, no dia 27 de março.
Entre outras mudanças, o governo quer encurtar o período pelo qual um trabalhador recebe o seguro-desemprego.
Hoje, quem é demitido na França e tem menos de 53 anos recebe o benefício por até 18 meses, e a concessão pode chegar até 27 meses em alguns casos. Attal disse que o período “não deve ser menor que 12 meses”. No Brasil, o seguro-desemprego é pago pelo INSS em, no máximo, 5 parcelas.
Se for aprovada, essa seria a quarta reforma do seguro-desemprego a ser realizada na França desde 2017, quando o presidente Emmanuel Macron chegou ao poder pela primeira vez, de acordo com o jornal francês Le Monde. As sucessivas mudanças na lei tem como objetivo modernizar o mercado de trabalho francês, segundo o governo.