Temperos e ingredientes típicos fazem parte da culinária parintinense, que é uma atração a mais para quem chega à Ilha da Magia. O visitante que vier prestigiar o 57º Festival de Parintins, promovido pelo Governo do Amazonas, nos dias 28, 29 e 30 de junho, poderá aproveitar para experimentar pratos tradicionais do município, como a rosquinha de crueira, o tacacá e o sanduíche X-pio.
Em vários pontos da cidade, há restaurantes, lanchonetes e pequenas bancas de comida ao longo das ruas. Pela manhã, as cafeterias regionais atraem uma multidão de turistas e parintinenses. Ao fim da tarde e à noite são ideais para quem quer experimentar um bom tacacá e conhecer o famoso x-pio.
Além disso, derivada da mandioca, que na língua do tupi significa manioca, a rosquinha de crueira é uma boa pedida nas cafeterias regionais espalhadas pela cidade.
Crueira
A mandioca, do tupi manioca, é a responsável por uma grande versatilidade na cozinha brasileira. São bolos, salgados, pães, massas e tudo que é possível aproveitar. Em Parintins, a crueira é uma boa pedida nas cafeterias regionais espalhadas pela cidade.
O primeiro passo é descascar a mandioca e colocar para amolecer em um recipiente com água. Depois, ela é triturada, prensada no tipití (utensílio típico de fibras) e peneirada. O que fica na peneira vai virar farinha, mas o que sobra se transforma na tradicional crueira.
“A gente faz todo o preparo com ela. Eu aprendi com a minha avó, há 10 anos, e agora trabalho nessa área de café da manhã. Ela tem um gosto bem tradicional e derrete na boca, se a pessoa fizer bem feito. O segredo é a água, sal e deixar ferver bem para juntar tudo”, falou a cozinheira Iranei Vieira, de um café da manhã da cidade.
Tacacá
Com sabor forte, que une o famoso caldo de tucupi, um líquido extraído da raiz da mandioca, que é cozinhado por até cinco dias, com folhas de jambu, que garantem a dormência da língua, camarão e goma de mandioca, o tacacá é destaque na culinária amazonense.
Na Ilha Tupinambarana, o visitante vai encontrar diversas barracas que vendem tacacá espalhadas pelas ruas, as quais são sucesso entre turistas que sonham em experimentar os sabores regionais.
“O tacacá dá uma ardência, porque tem o jambu. Tem gente que não conhece e diz que a boca fica tremendo, mas eu acalmo dizendo que é normal”, brinca a dona de uma banca de tacacá, Martha Oliva.
X-pio
Feito com pão bola, queijo, presunto, alface, tomate, pepino, repolho, batata palha e no papel principal o ovo, o sanduíche mais procurado da cidade já é sucesso absoluto há anos e parada obrigatória para quem quer comer um lanche diferenciado.
O sanduíche foi criado por Paulo César Luz, na década de 90, com o intuito de vender um lanche barato para a população parintinense. Depois de 30 anos, a tradição continua forte na família, que ainda tem o X-pio como o carro-chefe da casa.
“A história do X-pio é engraçada, porque meu tio conta que tem o ovo e o pintinho já nasce piando, aí veio o nome. Ficou bem famoso, porque eram dois lanches na Avenida Amazonas, no início. Eu, minha irmã e meu cunhado somos a segunda geração e estamos tentando levar para frente”, contou um dos donos da lanchonete, Ítalo Luz.
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