O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (7) que conversou com o ministro da Justiça e da Segurança, André Mendonça, sobre o desmembramento da pasta, com a recriação do Ministério da Segurança Pública.
O Ministério da Segurança Pública foi criado em fevereiro de 2018, no governo do então presidente Michel Temer. O único ministro da pasta foi o ex-deputado Raul Jungmann. Em 2019, Bolsonaro unificou os ministérios da Justiça e da Segurança Pública, sob o comando do ex-juiz Sergio Moro, que deixou o governo no mês passado.
Com a demissão de Moro, Bolsonaro voltou a cogitar a recriação do ministério, medida que tem o apoio da chamada "bancada da bala" na Câmara dos Deputados. Secretários estaduais de Segurança também são favoráveis. Segundo o blog da jornalista Ana Flor, o governo passou a procurar um nome para ocupar o posto.
Ao tomar posse, no último dia 29, André Mendonça afirmou que será um "fiel missionário".
"Eu já conversei com o André. Se tiver lá frente, eu não digo pressão, mas uma necessidade, tá? 'O que que você acha?' Ele [André Mendonça] disse: 'Sem problemas'. Até porque uma das bandeiras da minha campanha foi a segurança pública, está certo?", afirmou Bolsonaro no final da tarde desta quinta-feira ao retonar para a residência oficial do Palácio da Alvorada.
Indagado se o ministro poderá ser o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), Bolsonaro não descartou. "No futuro, quem sabe? Um amigo, amigo desde 1982", declarou.
O presidente não adiantou quando pretende fazer a mudança. "Não está previsto ainda. Tem muita coisa pela frente", disse.
Em 23 de janeiro deste ano, quando Moro ainda era ministro, Bolsonaro afirmou que ele permaneceria na Justiça caso o Ministério da Segurança fosse recriado. "Lógico que o Moro deve ser contra", afirmou na ocasião. No dia seguinte, disse que a hipótese de desmembrar a pasta estava descartada.
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