Domingo, 24 de Novembro de 2024 03:28
9293518178
CIDADE Obras

Prefeitura de Manaus comunica as empresas para finalizar às obras no Viaduto do Manoa

Os responsáveis se recusaram a fazer as adequações necessárias para a liberação do complexo

23/04/2021 13h55 Atualizada há 4 anos
Por:
Foto divulgação
Foto divulgação

 O prefeito David Almeida, e o vice-prefeito e Secretário de Infraestrutura, Marcos Rotta, notificarão as empresas J Nasser Engenharia Ltda e Construtora Soma Ltda, responsáveis pelas obras do complexo viário Professora Isabel Victoria, na Avenida Max Teixeira, Zona Norte, porque se recusou a fazer os ajustes necessários para garantir o trânsito seguro no viaduto. O alerta foi dado em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, dia (22/04).

Segundo David Almeida, o empreendimento já deveria ter sido entregue aos moradores, mas o projeto não atendeu aos requisitos técnicos, falta concluir a inclinação máxima, que precisa ser corrigida pelo consórcio. O prefeito garantiu que só vai liberar o viaduto depois de concluídas todas as adequações indicadas no relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea).

“Já notificamos as empresas para que façam a conclusão dos ajustes. Existe a necessidade de prolongamento da rampa Oeste, para que diminua a inclinação de 12%, para 9% de acordo com as normas técnicas, para que o equipamento seja liberado para o tráfego. Carros pequenos trafegam, porém uma obra, que custou R$ 48 milhões  e que não permite que ônibus e caminhões trafeguem pelo local, se torna uma obra ineficiente. Uma obra extremamente importante, diga-se de passagem, uma obra gigante. Não vou deixar passar nada. Eu sou fiscal da prefeitura e vou continuar fiscalizando todas as obras”, disse o prefeito.

O vice-prefeito e secretário da Semif, Marcos Rotta, destacou que as empresas foram convocadas nesta quinta-feira (22/04), para entregar com segurança as obras aos moradores de Manaus com novo prazo.

De acordo com Rotta, a justificativa para a recusa dos empresários do consórcio não se justifica, pois as empresas estão cientes das falhas técnicas, tendo eles se comprometido em realizar as adequações necessárias. 

“Nos causou surpresa a posição do Consórcio de Empresas responsável pela obra, sobretudo do senhor José Nasser, que assinou a ata concordando com o laudo técnico emitido pelo Crea-AM.  Foi feito o ajuste de parte das exigências técnicas apontadas no laudo em uma cabeceira da pista, mas não foi feito o prolongamento da cabeceira no outro sentido da pista, ou seja, não foram atendidas as demais exigências previstas no laudo. Nós hoje oficializamos o consórcio para que a obra seja retomada, sob pena das sanções administrativas previstas, inclusive, no contrato. Nós vamos chamar as empresas que integram o consórcio, para que seja estipulado um prazo”, afirmou Rotta.

O trabalho de definição do presidente do Comitê Interinstitucional (Caoc), engenheiro Claudinei da Silva, explicou as indevidas causas que a equipe da prefeitura encontrou no viaduto. Segundo ele, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) também está envolvido no processo de coordenação entre as empresas e a prefeitura e, ainda hoje, o órgão controlador deve comprovar isso.

“A topografia do complexo apresentou 11,5% em um dos lados, e somente serão aceitos os serviços após nova topografia a ser executada pela própria Seminf, onde as rampas das cabeceiras deverão apresentar no máximo 9%, ponto imprescindível para recebimento dos serviços e com limitação da velocidade máxima para 50 km/h, conforme estabelecido no Manual do Projeto Geométrico da Travessia Urbana do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, o DNIT, caso contrário não há condições de liberamos a obra com segurança”, afirmou Silva.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.