O prefeito David Almeida, e o vice-prefeito e Secretário de Infraestrutura, Marcos Rotta, notificarão as empresas J Nasser Engenharia Ltda e Construtora Soma Ltda, responsáveis pelas obras do complexo viário Professora Isabel Victoria, na Avenida Max Teixeira, Zona Norte, porque se recusou a fazer os ajustes necessários para garantir o trânsito seguro no viaduto. O alerta foi dado em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, dia (22/04).
Segundo David Almeida, o empreendimento já deveria ter sido entregue aos moradores, mas o projeto não atendeu aos requisitos técnicos, falta concluir a inclinação máxima, que precisa ser corrigida pelo consórcio. O prefeito garantiu que só vai liberar o viaduto depois de concluídas todas as adequações indicadas no relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea).
“Já notificamos as empresas para que façam a conclusão dos ajustes. Existe a necessidade de prolongamento da rampa Oeste, para que diminua a inclinação de 12%, para 9% de acordo com as normas técnicas, para que o equipamento seja liberado para o tráfego. Carros pequenos trafegam, porém uma obra, que custou R$ 48 milhões e que não permite que ônibus e caminhões trafeguem pelo local, se torna uma obra ineficiente. Uma obra extremamente importante, diga-se de passagem, uma obra gigante. Não vou deixar passar nada. Eu sou fiscal da prefeitura e vou continuar fiscalizando todas as obras”, disse o prefeito.
O vice-prefeito e secretário da Semif, Marcos Rotta, destacou que as empresas foram convocadas nesta quinta-feira (22/04), para entregar com segurança as obras aos moradores de Manaus com novo prazo.
De acordo com Rotta, a justificativa para a recusa dos empresários do consórcio não se justifica, pois as empresas estão cientes das falhas técnicas, tendo eles se comprometido em realizar as adequações necessárias.
“Nos causou surpresa a posição do Consórcio de Empresas responsável pela obra, sobretudo do senhor José Nasser, que assinou a ata concordando com o laudo técnico emitido pelo Crea-AM. Foi feito o ajuste de parte das exigências técnicas apontadas no laudo em uma cabeceira da pista, mas não foi feito o prolongamento da cabeceira no outro sentido da pista, ou seja, não foram atendidas as demais exigências previstas no laudo. Nós hoje oficializamos o consórcio para que a obra seja retomada, sob pena das sanções administrativas previstas, inclusive, no contrato. Nós vamos chamar as empresas que integram o consórcio, para que seja estipulado um prazo”, afirmou Rotta.
O trabalho de definição do presidente do Comitê Interinstitucional (Caoc), engenheiro Claudinei da Silva, explicou as indevidas causas que a equipe da prefeitura encontrou no viaduto. Segundo ele, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) também está envolvido no processo de coordenação entre as empresas e a prefeitura e, ainda hoje, o órgão controlador deve comprovar isso.
“A topografia do complexo apresentou 11,5% em um dos lados, e somente serão aceitos os serviços após nova topografia a ser executada pela própria Seminf, onde as rampas das cabeceiras deverão apresentar no máximo 9%, ponto imprescindível para recebimento dos serviços e com limitação da velocidade máxima para 50 km/h, conforme estabelecido no Manual do Projeto Geométrico da Travessia Urbana do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, o DNIT, caso contrário não há condições de liberamos a obra com segurança”, afirmou Silva.
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