Nos últimos dias, por conta do caso que aconteceu aos arredores do Distrito Federal, o Brasil voltou sua atenção para um assunto que estamos acostumados a ver somente nos filmes: Os Serial Killers! Quem são eles? O que leva uma pessoa a cometer casos tão bizarros como assassinatos, estupros, sequestros e uma série de crimes a ponto de mobilizar mais de 300 policiais a estarem à sua busca? É uma questão psíquica? Genética? Social? É isso que iremos ver hoje na nossa coluna sobre Psicologia.
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O termo “Serial Killer” é relativamente recente, foi usado pela primeira vez na década de 70, por um agente do FBI chamado Robert Ressler, ele trabalhava na unidade do FBI chamada de Unidade de Ciência Comportamental (do termo em Inglês: Behavioral Sciences Unit – BSU). Essa unidade disponibilizava investigadores para ir até as penitenciárias entrevistar condenados e presos nos EUA. Essas entrevistas eram gravadas para que posteriormente analisassem com maior precisão o que possivelmente impulsionava essas pessoas a matar.
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Podemos definir como Serial Killer, o indivíduo que comete uma série de homicídios durante um período de tempo, com pelo menos alguns DIAS DE INTERVALO entre eles. Exatamente esses “dias de intervalo” diferencia o Serial Killer dos Assassinos em Massa, que matam várias pessoas em um intervalo de HORAS.
Mas não somente isso define um Serial Killer, para alguns estudiosos, para que seja que considerado um, ele precisa ter assassinado pelo menos 2 pessoas, para outros, pelo menos 4 indivíduos.
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Um outro fator que podemos usar para definir um, seria a falta de motivação do crime, ou seja, as vítimas são escolhidas ao acaso e mortas sem nenhum motivo aparente. Normalmente o serial killer não conhece a vítima, ele a mata apenas pelo simples fato de ter poder e controle sobre ela.
Existem pelo menos 4 tipos de serial killers:
a) VISIONÁRIO: Normalmente sofrem alucinações, seja por visões ou audições. É um indivíduo insano, psicótico;
b) MISSIONÁRIO: Diferente do visionário, este tipo de serial killer não demonstra socialmente ser psicótico, todavia acredita ter vindo ao mundo com uma missão de exterminar um grupo específico de pessoas (como prostitutas, homossexuais, etc.), a qual ele julga imoral ou indigno
c) EMOTIVOS: Esse é o que demonstra mais prazer em matar. Demonstram-se sádicos, cruéis e matam por pura diversão;
d) LIBERTINOS: Neste grupo encontram-se os necrófilos e canibais. Matam por “tesão” na cena de tortura, mutilação e prazer sexual.
Segundo o Dr. Joel Norris, existe 6 fases do ciclo dos Serial Killers:
1. FASE ÁUREA: onde o assassino começa a perder a compreensão da realidade;
2. FASE DA PESCA: quando o assassino procura a sua vítima ideal;
3. FASE GALANTEADORA: quando o assassino seduz ou engana sua vítima;
4. FASE DA CAPTURA: quando a vítima cai na armadilha;
5. FASE DO ASSASSINATO OU TOTEM: auge da emoção para o assassino;
6. FASE DA DEPRESSÃO: que ocorre depois do assassinato.
Após a última fase, que ele entra em depressão, volta ao início do ciclo novamente.
Mas é possível identificar um serial killer ainda na infância? Alguns aspectos os serial killers tem em comum quando analisa-se o seu passado. Dentre as entrevistas realizadas com eles, algumas características mostram-se comum: Abuso sádico de animais ou de outras crianças, destruição de propriedade, enurese (ainda que seja adulto), piromania (mania de atear fogo), devaneios noturnos, masturbação compulsiva, isolamento social, mentiras crônicas, rebeldia, pesadelos constantes, roubos, baixa autoestima, momentos de raiva exagerada, problemas relativos ao sono, fobias, fugas, propensão a acidentes, dores de cabeça constantes, possessividade destrutiva, problemas alimentares, convulsões, automutilações.
Todos os serial killers são homens? Não! Apesar de ter menos notoriedade, há casos de serial killers femininos também, porém com motivações diferentes e menos sensacionais. Normalmente suas vítimas são crianças ou seus próprios maridos. E diferente dos homens, na grande maioria das vezes elas conhecem a vítima.
Por fim, há vários estudos que há anos buscam entender o que se passa na mente de um assassino serial killer, nada totalmente conclusivo. Porém características em comum já conseguem ser identificadas entre eles, de forma que podem ser classificados e identificados a partir dos seus crimes.
Por Thiago Lima - Psicólogo – CRP: 12/19520
Especialista em Psicologia Jurídica e Inteligência Forense
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